Aqui, no que podemos chamar, com alguma licença literária, de spin-off daquela saga, o narrador e personagem principal se depara, num famoso café de Buenos Aires, com ninguém menos que Têmis, a deusa da Justiça na mitologia grega clássica – em forma humana, é claro… e falando sua língua…
De passagem por Buenos Aires, com sua esposa – e companheira inseparável de aventuras –, Alessandra, Enrico resolve degustar a afamada rubiácea do Café Tortoni, a icônica cafeteria em estilo francês inaugurada em 1858. A narrativa, assim, segue o modelo de um descontraído bate-papo.
Enrico vê nesse encontro fortuito a chance de obter, em primeira mão, acesso a tudo o que existe de mais valioso e relevante no universo judicial. Após as apresentações iniciais, ele saca de um gravador portátil e dá início a um diálogo tão desataviado quanto revelador e, por que não o dizer? transgressor.
Têmis, embalada a discretas doses de um Moscatel Roxo Licoroso Edição Limitada 50 Anos, entremeadas com porções generosas de um denso espresso, “rasga o verbo” sobre a instituição na qual reina soberana. Ou, pelo menos, reinava, tendo se dado conta de que, num sistema de “cortes” e “palácios”, seus “diletos” juízes se encastelaram no poder, enquanto tiranizam a sociedade civil, fazendo-a sentir-se impotente…
Na magistratura, expressiva maioria é inconsciente de seu papel social de agentes políticos. Incúria, prevaricação, covardia moral, arrogância, despreparo intelectual, marcam a nova geração de juízes e desnudam um Poder sem poder nos níveis inferiores, enquanto movido a abusos nas instâncias superiores. Estaria Enrico sofrendo uma alucinação em plena luz do dia? É o que este instigante romance nos leva a investigar…
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José Guilherme de Souza Fiuza, conhecido como “J. Guilherme Fiuza”, é um destacado magistrado catarinense, tendo exercido a função por duas vezes: inicialmente em seu estado natal, onde atuou por 18 anos, e posteriormente em Brasília, no Tribunal de Justiça do DF, por mais 22 anos. Com 40 anos de magistratura e 50 anos de serviço público, recebeu uma medalha do Poder Judiciário da União em reconhecimento a sua trajetória. Antes de se tornar juiz em Santa Catarina, foi Delegado de Polícia, atuando em operações e na área de inteligência, além de ter sido professor na Academia de Polícia.
Autor de dez livros, incluindo três de ficção, e publicou dezenas de artigos e ensaios técnicos na área jurídica. Atualmente, está digitando dois livros e desenvolvendo pesquisas para mais dois. É também criminólogo, vitimólogo, cientista político e blogueiro, possuindo Mestrado em Direito Público e pós-graduação em Ciência Política e Teoria Econômica. É especialista em segurança pública, violência urbana e organizações criminosas.